Índice Virii Hacking Guide 01

== Hardware - Noção Básica ==

Por: Vo5

Olá. Seja bem vindo à 2a parte da nossa E-Zine. Bom, vou deixar a apresentação para outro fazer. Antes de qualquer coisa, se você não viu a nossa E-Zine edição n° 00 (beta), pegue-a aqui: txt.org.

Vamos agora ao que interessa de verdade. O que é Hardware?
Já ouvi muitas definições de hardware, mas só utilizarei duas que considero primordiais:

1. Hardware corresponde a toda parte física que engloba o computador. Desde componentes microscópicos até o gabinete inteiro.
2. Hardware corresponde a qualquer peça que você possa QUEBRAR.

O hardware é mais citado como as peças que ficam dentro do gabinete, mas temos que levar em conta todo o resto. A noção é mais complicada que isso, pois mesmo os componentes de uma televisão são hardware.

Para aqueles que não entenderam ainda, posso citar como exemplos aquelas placas verdes que encontram-se dentro de aparelhos de som, rádios, tv´s, computadores, etc... São componentes que incluem peças eletrônicas, que também são hardware. Vá a uma loja de eletrônica. Todos os componentes e peças que você ver lá são hardware. Caso você possua um radinho de pilha ou um walkman, desmonte-o e veja (isso para aqueles que ainda não entenderam a noção), todas as peças retiradas do interior são hardwares. Enfim, viajei muito e é melhor firmar o pé no chão por enquanto.

O hardware corresponde em seu todo à quase toda a eletrônica, e, eu infelizmente desconheço essa área, assim, não poderei ajudar muito nesse sentido.

Entre o hardware do computador, os mais conhecidos são os chamados periféricos. Os periféricos correspondem a quase todo hardware que está em torno do processador, mas, este não é considerado periférico. Os mais conhecidos são: (periférico interno) HD´s, memórias, placas, CD-Rom, DVD, etc...; (externos) mouse, monitor, caixas de som, etc. É importante ressaltar que os periféricos são também divididos em periférico de entrada e de saída.
O reconhecimento de tais tipos depende da experiência que o usuário possui com o computador. Tentarei amenizar isso. Um periférico é periférico de entrada quando este envia dados para o computador, como um mouse, e, é um periférico de saída quando recebe dados do computador e os torna perceptível ao usuário.
Uma explicação mais simples funciona da seguinte maneira: sendo periféricos de entrada o mouse, o teclado ou o scanner, a função deles é enviar dados para que o computador interprete, ou seja, ele são utilizados com intuito de somente o computador “perceber” o que estão fazendo. Quando você digita uma tecla, sem o monitor, você não terá certeza se ela passou pelos processos corretos para que seja interpretada como a tecla correta, ou, quando você move o mouse, sem o monitor, você não pode dizer com precisão em que ponto da tela o mouse está localizado. Os periféricos de saída encaixam-se nessa posição. Sua função é tornar os dados perceptíveis ao usuário. Entre os mais comuns destacam-se: o monitor (claro né =P), a impressora (“transforma” dados de maneira que possam ser impressos em uma folha de papel), as caixas de som (transformam dados em vibrações sonoras), e muitos mais.

Nota: o “transforma” está entre aspas porque a impressora não transforma os dados, somente os recebe e interpreta, mas isso fica mais para a frente quando estudarmos I/O.

Espero que tenha entendido o que são periféricos, mas, apesar disso, não é uma termologia muito usada e talvez eu nem a cite aqui, mas é bom pra saber né ;)

Agora, é importante que você aprenda alguns conceitos, como medidas de informação que usarei aqui. Caso já conheça-os, pule para a outra lição.

Medindo Dados

Não se pode usar medidas comuns para se medir quanta informação pode-se armazenar em um computador. Pensando nisso, foram criadas medidas específicas para se medir as informações contidas em um computador. Os principais conceitos ficam pelo Bit e Byte. O resto é história.

O Bit - O bit corresponde a menor unidade de informação que pode ser armazenada em um computador. O bit provém da junção de duas palavras (em inglês =/) BInary DigiT. A tradução: Dígito Binário (então se fosse em português, seria DIB? Que feio... ainda bem que não traduziram). O bit pode armazenar somente 2 valores: 0 ou 1. Pensando assim fica meio confuso, pois, como um computador pode reconhecer tantas letras e símbolos se ele pode somente reconhecer 2 valores? Simples meu caro: foi montada uma tabela utilizando um conjunto de bits para interpretar um caractere. Essa tabela (conhecida como tabela Ansi) foi criada a fim de possibilitar que o computador reconhecesse, a partir de um número de combinações, vários caracteres. Assim, utilizam-se 8 bits para nos mostrar determinado caractere. Abaixo temos exemplos de ASCII.

Combinação de Bits Caractere produzido
00000000 (espaço)
00000001 . (ponto)
00100100 $
00110010 2
01000001 A
01010001 a
11100111 ç

A tabela ASCII completa está no meu tutorial de c++.

Curiosidade: Um governador do Nordeste (não lembro qual estado) queria traduzir InterNet, assim, lá, InterNet seria InterTeia. Ainda bem que a idéia não pegou...

Curiosidade 2: Os valores 0 e 1 do bit também são eventualmente interpretados como sim (1) ou não (0) e verdadeiro (1) ou falso (0).

Nota: As combinações ASCII são um conjunto de 256 combinações diferentes. Talvez como uma 3a curiosidade, fica a forma de se obter este valor:

Valor total das combinações = n° de valor max (2) elevado ao n° total da combinação (8)

Logo 28 = 256 combinações diferentes

O mesmo pode ser usado em placas de automóveis:

Exemplo: ABX 9032

Usa-se a mesma fórmula: 26*26*26*10*10*10*10

Logo o n° de combinações disponíveis para placas de automóveis é 121.670.000

Bom, já fugi muito do assunto.

O Byte - O byte é o resultado da combinação dos 8 bits. O byte é uma medida capaz de armazenar um único caractere. O byte é casualmente interpretado por número hexadecimais que não explicarei aqui, e sim em meu artigo sobre c++. O byte é, na verdade, a menor unidade com a qual um usuário (fora experts e programadores) irá se relacionar, pois, um bit casualmente não é grande o suficiente para armazenar dados relativamente úteis ao usuário. Como dito antes, o byte é 28 de um bit.

Outras medidas:

Utilizadas mais amplamente estão o kilobyte, o megabyte, o gigabyte e o petabyte. O kilobyte corresponde á 1024 bytes ou 210 bytes. O megabyte à 220 bytes, o gigabyte a 230 bytes e o petabyte à 240 bytes, sendo assim, cada um deles corresponde à 1024 vezes o seu antecessor. Seus símbolos são mostrados a seguir respectivamente: KB,MB,GB,PB.

Curiosidade: há muito tempo atrás eu estava lendo sobre memórias e me deparei com um fato engraçado: o sujeito que escreveu o artigo dizia que a partir do MegaByte, a multiplicação era feita por 1000 e não 1024. Cuidado aí. Se vocês vão escrever artigos, antes se informem para verificar se está tudo correto. Alguém desavisado, pode tomar esse tipo de informação como verdadeira. As medidas são sempre feitas com múltiplos de 8, mas a maneira mais fácil de encontrar o valor é elevando 2 à um número inteiro divisível por 10, conforme aumentar o padrão.

Aprendeu essas medidas? Não? Então volte e releia todas elas até aprender. Não é tão difícil, mas não se deixe levar tanto pelas porcarias que eu coloquei no meio e enfoque seus significados.

O Processador

Vamos começar pela peça mais importante do computador: o processador.
Você provavelmente já ouviu falar deles. Se não ouviu, é porque você morou sua vida toda embaixo de uma pedra, porquê é impossível não ter ouvido sequer uma vez sobre os processadores.
Para que você entenda melhor as funções que um processador exerce, vamos imaginá-lo as seguinte forma:
Imagine uma ponte que, em suas extremidades, hajam 2 estradas. A da extremidade esquerda vem da cidade A e a da direita vai para as cidades B, C e D com um trifurcação (existe essa palavra?). na extremidade direita vamos encontrar um fiscal. Imaginemos que não haja mapas ali, então, o trabalho do fiscal será orientar a todos os carros que passam como chegar em seu destino. Esse é um dos trabalhos do processador: enviar os dados à seu destino correto. Ele também organiza o acesso periféricos - memórias, transforma os dados quando necessário, execução de instruções, etc...
Por realizar quase todas as funções que permite que você interaja com o computador, o computador é considerado como o cérebro do ‘computador”, o que na minha opinião é uma termologia completamente errônea.

Não quero explicar a história dos componentes aqui porque isso é um assunto muito extenso e chato para estudar, mas vou enfocar algumas características marcantes em relação aos processadores e sua evolução:

Largura de Dados: Trata-se da quantidade de dados que o processador recebe de uma só vez. Para se ter uma idéia, é necessário um processador de 16 bit´s para que o MS-DOS não fique lento. Hoje em dia há processadores de até 128 bit´s. Exagero? Sim. Os OS costumeiros são de 32 bit´s, mas, o futuro está aí. Talvez logo tenhamos um Os de 128 bit´s. (Que legal =)

Clocks: O processador trabalha a uma certa velocidade. Essa velocidade é chamada de clock interno (ou simplesmente clock). O clock é medido em megahertz (MHz) que definem a quantidade de impulsos elétricos produzidos pelo processador em um segundo. Há ainda um outro clock, o clock externo. Esse tipo de clock define a velocidade com que o processador deverá passar os dados para a placa-mãe. Os clocks internos variam desde 66 MHz até 3.0 GHz (3000 MHz), e os clocks externos, se não me engano, vão de 33 MHz até 266 MHz.

Nota: Existe um procedimento chamado OverClock, que consiste na configuração errônea do clock interno do processador na placa-mãe, forçando-o a trabalhar mais rápido. Funciona, mas você precisa possuir um cooler melhor do que o que é normalmente utilizado no tal processador.

Nota 2: Cooler é uma espécie de “ventilador” que se posiciona acima do processador para esfria-lo, caso contrário este pode queimar. Os Pentium 4 e K7 queimam em 3 seg sem o cooler. Felizmente, um sistema interno permite que, ao ultrapassar certa temperatura, o processador trave para evitar que o mesmo queime.

Memórias Internas: Conhecidas como memória cachê interna L1 e L2. São utilizadas para armazenar dados temporários sobre as tarefas que o processador necessita realizar.

Tecnologias: São artifícios utilizados pelos fabricantes para melhorar o desempenho de seus processadores. Tratam-se de programas e/ou instruções dentro do processador que auxiliam em certas tarefas. As mais conhecidas são a 3D Now! Da AMD e a MMX da Intel.

Fabricantes: Só me lembro de 3: Intel, AMD e Cyrix, sendo a última não-vista já á muito tempo.
A Intel é impossível não conhecer com tanta propaganda idiota na TV, já a AMD eu respeito e muito, porque eles não caem matando no marketing e possuem produtos excelentes, com bastante reconhecimento do mercado, e, depois, gostei mais do site da AMD do que o da Intel.

Nota: (Monopólio?!?!) Estou escrevendo esse texto no MS Word 2000. O dicionário dele reconhece o que é Intel, Microsoft, IBM, mas não reconhece AMD, Cyrix ou mesmo Linux. Tsc tsc.

Vamos agora ver como o processador funciona internamente:

Funcionamento interno

O processador funciona com impulsos elétricos, por isso, os bits utilizados por ele são medidos como eletricidade, assim sendo, o valor de um bit é 0 quando a corrente elétrica que passa por ele é nula e o bit vale 1 quando a corrente equivaler á 5 volts. Os dados passam por transistores nos quais são adicionados e então, se obtém o valor. Os transistores utilizam 2 bits para gerar o terceiro.

Um exemplo pode ser a adição 1+2=3. Pegaremos os valores dos bits de 1 e 2. Estes correspondem à 1 = 0000001 e 2 = 00000010. Os zeros à esquerda podem ser descartados. O resultado será 00000011, que equivale à 3 em binário. O esquema utilizado fica por conta desse padrão, utilizando 2 bits em 9 circuitos:

Exemplo com bits 0 (bit1) e 1 (bit2):

1. O bit 0 e 1 são analisados. O resultado é 0 porque no primeiro circuito é necessário que ambos sejam 1 para que o valor retornado seja 1. Qualquer outra combinação resultará em 0. Então: 0+1=0.

2. O bit 0 e 1 são novamente analisados. O resultado é 1 porque neste circuito é necessário que somente um bit equivalha a 1 para retornar valor 1. Então, aqui o valor seria 0 somente se o bit1 e o bit2 fossem 0. 0+1=1.

3. O bit resultante do circuito 1 é invertido, tornando-se assim 1 e é utilizado junto com o bit do segundo circuito, também 1. Aqui o retorno é 1, pois aqui a regra é a mesma do primeiro circuito. Se os bits fossem qualquer outra combinação, o resultado seria 0. 1+1=1.

4. Utiliza-se o resultado do primeiro circuito e conjunto com o do terceiro em um conjunto de circuitos que refaz toda essa operação.

5. Utiliza-se o resultado do primeiro circuito com o do quarto circuito que refez a operação. Se qualquer um deles for 1, o resultado final é 1. Caso contrário é 0.

Resultados:
0 e 0 = 1
0 e 1 = 0
1 e 0 = 0
1 e 1 = 1

Em sistemas de oito bits isso funciona até o 7° bit. No 8° circuito a operação ocorre até a metade, assim sendo, no 8° bit:

0 e 0 = 0
0 e 1 = 1
1 e 0 = 1
1 e 1 = 0

Um exemplo claro ocorre na soma de 5 e 3. 5 equivale á 00000101 e 3 á 00000011. Os números à esquerda são sempre desconsiderados quando inúteis, assim sendo:
5 = 101
3 = 011

Seguindo a regra (sempre da direita pra esquerda):

1+1=0
0+1=0
1+0=0

Resultado: 000 = 0
Confundiu porque deu 0? Calma. Na verdade, é uma simples questão de lógica: imagine a soma de 101 com 10. O resultado seria 111. A conta em questão apresentou um resultado maior do que o possível para a combinação (101+11=112). Quando isso acontece, colocamos um 1 na frente, logo: 101+011=1000.
A maneira mais simples é utilizar o vai-um para fazer esses cálculos:

101+011 = 112 - muda-se 2 para 0 - 110 e leva o 1 para a segunda casa, assim sendo fica: 110+10=120 - refaz-se o processo 200 + 100 = 300. para 3 usamos duas casas = 300 = 1000.

Isso é somente estrutura interna. É necessário possuir somente uma noção disso, já que não é um assunto muito fácil de se entender (até eu ainda tenho dúvidas), mas, se você quer impressionar seus amigos, procure mais sobre isso =)

Então, como resumo, o processador é um conjunto de circuitos integrados que utilizam transistores para realizarem operações matemáticas, que são a fonte de toda e qualquer coisa que você realiza (em termos de software) em seu computador. Caso nunca tenha visto um processador, olhe esse aqui:


Pentium III

Só tenho esta foto. Pesquisem na net e procurem outras.
Bom, acho que aqui acaba essa parte sobre os processadores. Enfatizarei sua história e evolução mais tarde. Eu ia explicar os slots, mas vou deixar isso para a parte sobre placas-mãe.

Placas - Mãe

As placas mãe são as segundas na escala de importância em termos do hardware do gabinete, talvez até no mesmo nível que o processador.
A função mais básica da placa-mãe é integrar todo o hardware necessário em torno do processador e permitir a comunicação entre os mesmos. Olha duas placas-mãe aí:

Agora, o que é AT e ATX?
Simples. As placas - mãe possuem um certo tipo de conector no qual se encaixa o fio da fonte, responsável por levar energia para todos os componentes conectados à placa, direta ou indiretamente.
Nas placas mais antigas, esse conector é conhecido como AT. Esse conector é composto por pinos, nos quais são encaixados dois conectores que vem da fonte. A ordem de encaixe é feita a partir dos fios nesses 2 conectores. Para evitar a inversão destes, o encaixe deve ser feito com os fios pretos da extremidade de cada conector sempre ao lado do outro. Exemplo:

Conector 1:
/-------\
|||||||

Conector 2:
/-------\
|||||||

Resultado:
/--------\/-------\
||||||||||||||

Esse tipo de conector é usado em placas mais antigas, mas, ainda hoje há muitas placas novas que ainda utilizam-se desse conector. É necessário, antes de qualquer coisa, verificar se a fonte de seu gabinete também é AT, pois, o conector vem do gabinete e se você comprar um gabinete ATX para uma placa AT...

Os ATX possuem grandes vantagens sobre AT. A primeira é o conector: um conector ATX nunca poderá ser colocado de maneira errada, pois, é apenas um conector, mas desta vez, os pinos não ficam na placa e sim no próprio conector. Além disso, o conector ATX possui um certo número de encaixes, cada um com uma respectiva forma, e, se por acaso você colocá-lo ao contrário, ele simplesmente não vai entrar no encaixe.
Outra vantagem é a do botão usado para ligar o computador. Localizado no gabinete, seu encaixe ocorre na placa-mãe, diferente do AT, cujo encaixe é direto na fonte do gabinete. O que ocorre? No AT, quando o botão é ligado, a corrente que vem da fonte é fechada e pode prosseguir de volta para a fonte e em seguida para a placa. Esse botão é do tipo interruptor, se você desliga-lo, a corrente não pode avançar para a fonte e o fornecimento de energia é cortado, causando o desligamento.
Nos ATX, o botão é do tipo campainha. Você o aperta e ele fecha uma corrente na placa-mãe, assim que essa corrente se fecha, o computador começa a receber energia para funcionar, mas, diferentemente do ATX, esse botão não irá desligá-lo se você o pressionar. Em alguns OS, quando se aperta o botão novamente, ele coloca o OS em modo de espera. Um segredo que alguns não conhecem é que quando se aperta e segura o botão do gabinete ATX, este é desligado. Geralmente o tempo é de 5 seg.

Além disso o ATX possui um sistema interno que permite que os softwares possam desligá-lo, assim, não é necessário esperar até que seja exibida uma confirmação de que seu computador pode ser desligado =D. Há também as placas Mini-ATX, que são placas ATX com tamanho reduzido (de).

Nota: falei sobre gabinete e me esqueci! Para quem não sabe o que é gabinete, dê uma olhada nessa caixa onde tem o botão onde você liga o computador. Aí é o gabinete. Ele corresponde à essa “caixa” vazia.

As placas-mãe também possui uma segunda classificação: OnBoard e OffBoard.

As placas-mãe onboard são aquelas nas quais se obtém a vantagem de não ser necessário comprar outras placas para realizarem determinadas tarefas.
Quando se compra uma placa-mãe offboard, é necessário comprar outras placas para instalar nesta. Um exemplo pode ser a placa de vídeo, responsável por enviar os dados visuais ao monitor. Temos também a placa de som, responsável por enviar os dados para as caixas de som, a fim de produzir efeitos sonoros.
Pensando nesse incômodo, foram-se criadas as placas onboard. As placas onboard possuem, geralmente, a placa de vídeo, de som (placa multimídia) e de rede integradas. Nas placas offboard, é necessário comprá-las separadamente. A vantagem da placa onboard está em seu preço, pois é muito mais barato comprar uma placa onboard do que comprar uma offboard e as outras já mencionadas separadamente. A desvantagem fica por conta da velocidade, pois leva-se muitas vezes mais tempo na transferência de dados onboard do que na offboard, além disso, geralmente as placas de som, de vídeo, etc onboard não são muito boas e possuem pouca memória, assim sendo, são, em resumo, muito podres. Logicamente, há muitas placas onboard com boas placas integradas, além disso, pode-se também comprar as outras placas separadamente e instalá-las em uma placa onboard, mas esta possui bem menos conectores para outras placas do que as offboard.
Depende do critério. Claro que há placas onboard boas, mas pergunte a um técnico entendido se ele prefere montar (para si mesmo) um computador com placa - mãe onboard ou offboard. É quase unânime, a maioria prefere offboard. Geralmente, computadores de loja, possuem todos placa-mãe onboard.

Na placa-mãe são conectados vários tipos diferentes de periféricos. Há, ainda, vários tipos de conectores diferentes para estes. Para as placas, esses conectores são conhecidos como slots:

Slot ISA (Industry Standard Architeture): São os conectores de placas mais antigos que ainda estão em uso. Os ISA possuem barramento de 8 ou 16 bits. Os slots ISA são pretos.


Slots ISA. O menor acima possui barramento de 8 bits enquanto que os maiores possuem barramento de 16 bits.

Os ISA foram abandonados a muito tempo por terem sido substituídos pelos PCI. Os ISA trabalham à 8 MHz e podem acessar no máximo 16 MB de memória RAM.

Slots de extensão ISA: Com o decorrer do tempo, foram criados mais dois slots que funcionavam em conjunto com o ISA. O primeiro foi o EISA (Extended ISA) e o VLB (Vesa Local Bus). Ambos de 32 bits. O EISA trabalhava com 8 MHz e acessava 32 MB de RAM, o VLB trabalhava na velocidade do clock externo (com limite de 33 MHz), sendo assim, um slot muito rápido (para aquela época).

Slot PCI (Peripheral Component Interconect): Os slots PCI surgiram para derrubar os ISA, pois eles já estavam ficando lento em relação ao software. Os PCI possuem barramento de 32 bit´s, com uma freqüência de no máximo 33 MHz. Apesar de se assemelhar em muito ao VLB, o PCI possui suporte para Plug-and-Play, não suportado pelo VLB. Além disso, ele não utiliza o processador para ser controlado, como o VLB, e sim um circuito no chipset da placa-mãe. Esse slot é o mais comum e utilizado hoje em dia:


Slots PCI. Os PCI são brancos e podem receber até 133 MB/s.

Slot AGP (Accelerated Graphics Port): O slot AGP possui barramento de 32 bit´s, assim como o PCI, mas, utiliza 66 MHz de velocidade. Por esta razão, é utilizado como slot para placas 3D. O AGP pode comunicar-se diretamente com a memória e armazenar dados nela, livrando assim a memória de vídeo de trabalhos penosos que levariam uma eternidade para serem concluídos sem esse tipo de placa. A velocidade do slot AGP varia. Os AGP de 1x recebem e transmitem dados em até 266 MB/s, o 2x em 533 Mb/s e o 4x em 1,066 GB/s. Logicamente, a placa deve seguir a velocidade desejada. Para utilizar transmissão á 4x, é necessário utilizar uma placa 3D que suporte 4x de velocidade, caso contrario, a transmissão será efetuada pela velocidade padrão da placa.
Os AGP podem utilizar uma placa de vídeo convencional (2D), mas a performance será a mesma que o usuário teria se a utilizasse em um slot PCI.
Temos também o AGP Pro, que é um slot AGP de 4x, com um número maior de conectores para que o fornecimento de energia para a placa seja maior, possibilitando-se assim placas muito mais rápidas.


AGP


AGP Pro

Você já deve ter notado: os slots AGP são marrons.

Cuidado: Não confunda os slots AGP com os de extensão ISA. Os agps se localizam longe de qualquer slot enquanto que os de extensão ISA se encontram à frente do slot ISA.

Isso foi o básico de placa-mãe. Acho que ja deu para ter uma idéia. Agora vamos à minha parte preferida do Hardware: as memórias.

Memórias

Ahhh. As memórias =)
A função da memória de um computador não é muito diferente da sua, ela serve, em primeiro plano para lembrar.
Um programa, quando executado, é enviado para a memória. Na memória ele armazena variáveis, funções e todo seu código para que este possa ser acessado à qualquer hora. Isso ocorre na memória RAM. Há outros tipos de memória, como a ROM ou a cache.

A Memória RAM (Random Access Memory):

A memória RAM tem a função que eu citei acima, ela ainda é responsável por manter os dados enquanto estes não são transportados para outros lugares, como o disco rígido por exemplo. Para que você entenda melhor eu vou dar-lhe um exemplo:
Um programa chamado ProgramaX que realiza determinada tarefa. Quando você executa esse programa, os dados dele são transferidos para a memória e executados. Sem a memória, os programas teriam que ser executados no HD, o que traz inúmeras desvantagens, como: lentidão, problemas de desalocamento, problemas de instanciação, etc...
A memória se torna muito necessária, os jogadores de plantão que o digam, já que não viveriam sem suas plaquinhas 3D hehe!
A memória armazena valores temporariamente também, como, quando você recebe dados de um scanner. Esses dados são alocados na memória e o programa só terá o trabalho de verificar onde estão esses dados e 'arranjar" um meio de disponibilizar esses dados de maneira perceptível ao usuário. Daí é critério do usuário se ele irá salvá-los no seu HD ou simplesmente descartá-los. Esse tipo de memória possui baixo custo relacionamdo-a à outras memórias como a cache, é rápida, mas em relação às outras memórias deicha a desejar. Há vários tipos de memória RAM: SDRAM (ou DIMM), SIMM 30, SIMM 72, Flash, etc...
A Memória SIMM foi largamente utilizada, mas está sendo substiuída pela DIMM. A memória SIMM ainda recebeu uma modificação, por isso possuímos a SIMM de 30 vias e a SIMM de 72 vias:

SIMM 30 vias

SIMM 72 vias

A SIMM 30 vias trabalha à 16 bit´s. Foi utilizada desde os 386 até os 486 e não são mais utilizadas hoje em dia.
A SIMM 72 vias trabalha à 32 bit´s. Iniciou-se sua utilização com os 486 e foi até o K6 e o Pentium II. Ainda existem mas estão "sumidas". São necessários 2 pentes para a utilização de processadores de 64 bit´s. Esse tipo de memória é encontrada de 8 MB à 64 MB.
A memória DIMM trabalham à 64 bit´s, mas se não me engano há DIMM´s de 128 bit´s também. Esse tipo de memória se encontra em tamanhos que variam desde 32 MB até 4 GB.

DIMM

A instalação dessas memórias é feita na placa-mãe. A SIMM deve ser colocada num conector que possui 2 travas em cada extremo. Deve-se abrir estas travas e colocar a memória. Cuidado para não colocá-la de ponta cabeça, eu mesmo ja fiz isso muitas vezes. A posição correta é localizada com a ajuda do pino1. O pino1 é uma parte diferente da peça para evitar esse tipo de deslize. Os processadores possuem pino1, e, nestes, geralmente é um pino faltando ou um pino de forma deiferente em relação aos outros. Na placa-mãe, deve-se localizar o pino1 no conector do processador. Com a memória funciona da mesma maneira. A DIMM é colocada de maneira diferente. Deve-se posicioná-la no conector e pressionar com "força" para que ela "deslize" e encaixe nos conectores. Não há como colocar uma DIMM ao contrário a não ser que você quebre o conector ou a memória!

Curiosidade: um amigo meu tinha um 486 com 44 MB de memória, um pente SIMM 72 de 32 MB, outro SIMM 72 de 8 MB e 4 pentes SIMM 30 de 1 MB =)

A Memória ROM (Read Only Memory):

Esse tipo de memória fica armazenada na placa-mãe ou em outras placas. Seu objetivo é guardar informações para que esta não se perca, pois, como eu esqueci de dizer, na memória RAM os dados são totalmente perdidos quando você desliga seu computador. Esse tipo de memória fica a cargo de armazenar dados importantes como configurações. Assim, não é necessário que você reconfigure sua placa-mãe toda vez que você reinicie seu computador.
Essa memória é alimentada por uma pequena bateria de 3 volts que dura geralmente 10-15 anos. Quando essa bateria queima é necessário trocá-la. Eu achei uma na papelaria por R$ 0,50.

A Memória Cache:

A memória cache é responsável por armazenar dados convenientes ao processador. Esse tipo de memória é mais rápida que a RAM, porém mais cara. São divididas em L1, L2 e L3, sendo as 2 primeiras no processador e a última na placa-mãe. As memórias cache também são estáticas, isto é, seu conteúdo é perdido quando se desliga o computador.

Não tive tempo para estudar memória flash pois esqueci quase tudo que sabia dela!

Outro tipo de memória também é o HD, ou Hard Disk ou, ainda, o Disco Rígido. Nele são gravadas as informações que serão utilizadas mais tarde. Sua capacide de armazenamento varia desde os primeiros de 10 MB até os de 120 GB que existem hoje em dia. Há dois tipos: os IDE e os SCSI (lê-se iscâsi). Os IDE são os mais utilizados, pois são mais baratos, mas os SCSI representam performance até 150% superior à dos IDE, porém eu fiquei sabendo que um HD SCSI de 4 GB tava uns R$ 6.000. Os SCSI possuem uma interface que permite até 32 HDs em um único computador, enquanto que os IDE possuem um limite de 4 HDs em um computador.

Curiosidade: ouvi dizer que a NASA possui um computador com interface SCSI e que seus HDs possuem no total 2 TB!!!

Não vou explicar configuração de BIOS porque sempre que eu explico para os meus amigos eles nunca entendem nada. Sou um professor horrível!

Bom, acho que já tá bom. Você que leu tudo isso, parabéns! Que coragem! Se for menina merece um beijo na boca: =*, se for menino um aperto de mão é mais do que suficiente!

Me desculpem qualquer coisa, pois é meu primeiro tutorial e eu não sou gênio em Hardware, sou mais da área de programação. Bom elogios e tomates à vo5@programmer.net, tbm estou no mirc como Vo5, Vo5_Programmer, ColdPlay_er e mais uns nick aí. Tow sempre nos canal #oym ou #visualprog. Té+!